Com as altas temperaturas, aumenta a proliferação do mosquito Aedes aegypti

Foto: Divulgação/Vigilância em Saúde/Equipes percorrem imóveis em todos os bairros e constatam o descaso com possíveis criadouros do mosquito

A estação mais quente do ano começa no dia 21 de dezembro, período de maior preocupação por parte de quem trabalha na Vigilância de Saúde de Santa Maria. É justamente no calor que o comportamento do mosquito Aedes aegypti transmissor da Dengue, Febre Chikungunya, Zika Vírus e Febre Amarela, fica alterado, facilitando a proliferação das larvas. Porém isso não quer dizer que a cidade não está na zona de risco. Para que o foco não aumente ainda mais é preciso unir forças para o combate. De acordo com o superintendente de Vigilância em Saúde, Alexandre Streb, uma vez por semestre é feito o Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), onde 2,5% dos imóveis da cidade passam por vistoria, isso representa 3 mil locais visitados, dos 120 mil existentes no município. No primeiro semestre, foram encontrados 151 focos em 31 bairros. No último levantamento, em novembro, foram 78 focos em 23 bairros (veja no quadro). Mesmo com essa redução, isso não tira a cidade da situação de risco.

- Embora a gente tenha tido um resultado positivo, a gente continua em um estado de infestação, e a preocupação ainda é grande. Sendo que 80% dos focos encontrados são em residências e 20 % em locais públicos ou pontos estratégicos, isso quer dizer que falta conscientização e atitude das pessoas - reforça Streb.

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As ações educativas, visitas e orientações aos moradores são feitas durante todo o ano com os 13 agentes de saúde e 106 agentes comunitários. No final do ano, a equipe ganha um reforço. Desde 2014, cerca de 30 soldados do exército são cedidos para ajudar no combate ao mosquito. Eles vão às ruas uma vez por semana, no projeto denominado Sexta-feira Sem Mosquito. Essa parceria ajuda na hora de fazer as visitas domiciliares e, também, em pontos estratégicos como cemitérios, postos de combustíveis e locais públicos. A equipe também visita escolas municipais e estaduais para reforçar aos estudantes sobre a importante de não deixar água parada e como fazer para limpar os recipientes.

Além disso, o superintendente afirma que, mesmo com as ações, é preciso mais conscientização e atitude da população. O comportamento muda, mas não é o suficiente. Como o município está localizado na região Central do Estado, tendo como característica várias universidades, comércio como atividade produtiva principal, quartéis, entre outros, acaba atraindo pessoas de várias partes do Estado e do país, o que acaba se tornando uma preocupação.

- A situação atual de infestação no município preocupa, sim, a Vigilância em Saúde, pois estamos entrando no verão, e é sabido que a proliferação do mosquito aumenta - ressalta Streb.

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A coordenadora técnica do controle do Aedes aegypti, Heloisa Lorentz, explica que, quando a equipe de saúde pública não encontra os moradores na residência, os agentes retornam mais três vezes ao local. Em casos de proprietário desconhecido, a Secretaria de Patrimônio é acionada para localizar o responsável para que a visita seja marcada.

- Estamos notificando os locais em desacordo desde junho. Desde então, são em torno de 30 notificações, com quatro autos de infração com multa, sendo que outras penalidades, como advertência e interdição, só serão contabilizadas ao final dos processos de defesa e julgamento - comenta a coordenadora.

Foto: Divulgação/ Vigilância em Saúde/ De acordo com o último levantamento, a situação em Santa Maria é de médio risco para epidemia

LEVANTAMENTOS

Novembro 2016 - 10 focos em 06 bairros - Situação de baixo risco para epidemia
Março/abril de 2017- 151 focos em 32 bairros: Situação de alto risco para epidemia.
Novembro 2017 - 78 focos em 23 bairros - Situação de médio risco para epidemia

BAIRROS COM O FOCO DO MOSQUITO